Diversidade Étnico-Racial e Cultural é tema de projeto da SMED sobre culturas e etnias aplicadas à vida dos alunos

Jornal Opinião

Ensinar a cultura afro-brasileira, africana e indígena, assim como as demais etnias que compõe a formação de Sapiranga, de uma forma ampla e que se transforme em conhecimento para a vida dos alunos, é o objetivo do Projeto Caminhos Pedagógicos – Diversidade Étnico-Racial e Cultural, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação.

Em conformidade com as leis 10.639/2003 e 11.645/2008 e com o Referencial Curricular de Sapiranga, o projeto corresponde a necessidade educativa voltada para a formação de posturas que contribuam para que os cidadãos valorizem seu pertencimento étnico-racial.

O projeto já iniciou nas escolas, da educação infantil ao ensino fundamental, e é organizado por uma comissão de professoras da rede. Elas preparam encontros, capacitações, formações e visitas. “Cada escola tem um representante e nós organizamos a comissão para trabalhar com os temas da diversidade cultural étnico-racial. Vamos dar subsídios para que esses representantes das escolas possam levar e disseminar as ideias e trabalhar isso na escola”, explica Angela Cristiane Schütz, integrante da comissão, juntamente com Giséli Manfio Becker e Letícia Luana Kern.

Um dos objetivos principais do projeto é preparar os professores a trabalharem com a história e cultura, quebrando esteriótipos e preconceitos. Os assuntos não serão trabalhados apenas no mês em que se lembra a data, como o dia do índio em 19 de abril e consciência negra em novembro. “Esses assuntos precisam fazer parte do dia a dia durante o ano todo. É em cima disso que reestruturamos o projeto, que já existia, mas que está sendo reorganizado. As atividades precisam ser inseridas ao longo de todo o ano letivo. Trazer essa realidade e cultura para dentro da sala de aula e aos poucos quebrar preconceitos”, sintetiza Angela.

Ações já acontecem nas escolas

Os alunos do 5.º ano do Centro Municipal de Educação Érico Veríssimo, da professora Lidiane Garcia, estão desbravando suas ancestralidades. Eles iniciaram estudando sobre os primeiros seres humanos e seu surgimento na África. Trabalharam a Arte Rupestre e a passagem do tempo, formando a linha do tempo da evolução. A partir daí, estudaram sobre os povos indígenas – antes, durante e após a colonização. Eles leram, assistiram vídeos e debateram com a professora sobre os povos indígenas, seus costumes e cultura. Aprenderam também sobre a música e os instrumentos musicais, realizando um maracá e cantando uma canção em tupi guarani que fala  sobre o Pequeno Tangará.

Encontros virtuais com participação especial

Nos encontros virtuais, a professora conduziu uma série de reflexões e na aula do dia 22 de abril os alunos contaram com a participação especial do cantor e compositor Rafael Erê, descendente indígena do povo Guarani, que cantou, contou sua história e encantou a todos. “Vivências reais, que buscam resgatar uma história rica em detalhes”, destaca a professora.

O trabalho segue nos próximos meses, em que os alunos continuarão debatendo sobre o assunto, pesquisando sobre como os índios vivem atualmente e quais são suas referências. A professora ainda planeja a participação de outros convidados de origem indígena com objetivo de aproximar os alunos da temática.

Caminhos pedagógicos em 2021

Durante este ano, dentre as atividades do projeto já desenvolvidas está a distribuição de artesanato do povo indígena M’byá Guarani, ainda um e-book com explicações sobre os materiais disponibilizados em 2020 e o evento online, em 24 de março, com a temática indígena, ministrado pela assessora do programa de formação e diálogo intercultural do COMIN, Kassiane Schwingel.

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