Leite invoca unidade e adesão à bandeira preta para RS “rapidamente voltar a restrições menores”

Jornal Opinião

Governador reconheceu as aflições de comerciantes e empresários, mas apontou que, embora os protocolos adotados até então por empresas tenham ajudado “a evitar que a situação fosse ainda pior, agora não são suficientes”.

O governador Eduardo Leite fez um novo apelo nesta manhã à unidade para combater à disseminação da Covid-19 no Rio Grande do Sul, à medida em que crescem os índices de contágio e internações pela doença no Estado – ontem, ele anunciou que a falta de leitos acionou uma “salvaguarda” responsável por colocar todo o território gaúcho em bandeira preta a partir de sábado. O tucano reconheceu as aflições de comerciantes e empresários, mas apontou que, embora os protocolos adotados até então por empresas tenham ajudado “a evitar que a situação fosse ainda pior, agora não são suficientes”. “Nesse momento, precisamos ter menos conflito e ter unidade para reduzir os níveis de contágio. Quanto mais houver adesão, mais rapidamente podemos voltar a restrições menores”, em entrevista à Rádio Guaíba.

Leite considerou que medidas sanitárias como adoção de álcool em gel 70%, uso de máscara obrigatório desde a entrada nos estabelecimentos e limitação de entrada “nos ajudou a manter aberto enquanto o resto do mundo fazia efetivamente lockdown”. “Tudo que se fez de protocolos ajudou, mas não é o suficiente, porque eles não blindam pessoas; reduzem o risco, mas ele continua”, comentou.

Ao tentar explicar a causa do aumento de internações das Unidades de terapia intensiva (UTI), cuja ocupação chegou a 2.506 pacientes em 2.707 leitos disponíveis (92,6%), Leite apontou “muita confusão criada com negacionismos, apologia e defesa de métodos tratamentos que não existem, que não estão comprovados cientificamente”. “A UTI não é a cura para a Covid-19, mas uma tentativa de sobrevida, porque 60% das pessoas que entram nas unidades, não voltam, morrem. Para derrubar essa taxa de contágio que está como nunca antes vimos durante a pandemia, crescendo fortemente, de forma agressiva, precisamos da mais rigorosa restrição possível”, avaliou.

Fonte: Correio do Povo

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