“Não trabalhamos apenas para a avaliação externa, trabalhamos para aprendizagem significativa” define Ângela Schutz, supervisora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação sobre a estratégia sendo implementada diariamente nas escolas do município, com o objetivo de qualificar o ensino e educar o aluno para a vida, aplicando os conteúdos em exemplos práticos e auxiliando o estudante a pensar e interpretar problemas, desenvolvendo potencialidades.
Com as provas do SAEB se aproximando, as expectativas começam a aumentar e as ações com os alunos, intensificadas. O SAEB é utilizado para a nota do IDEB, referencial que mede o nível da educação nas escolas. Em Sapiranga, conforme destaca Ângela, já é notável a evolução, tanto no 5º, quanto no 9º ano. “Fomentamos o trabalho através de grupos online com os professores e sugerimos atividades. Trabalhamos para um fim, todos precisam caminhar juntos. E Sapiranga está nessa caminhada. Estamos plantando sementinhas. Muita coisa está sendo construída”, destaca Ângela. As provas acontecem de 8 de novembro a 10 de dezembro nas escolas, porém ainda não há definição de data para cada instituição.
Em junho deste ano a SMED lançou o projeto inovador “-(L)Imitações +Aprendizagem”, já com o objetivo de aperfeiçoar o processo de ensino, definindo a intencionalidade da atividade em cada componente curricular, engajando escolas, secretaria, aluno e professor. Projeto que continuará acontecendo ao longo dos próximos anos, com avaliações e inovações a cada ano letivo.
Troca de ideias entre professores e atividades diferenciadas aos alunos
“O trabalho pedagógico realizado por nossos professores incentiva muito mais que encontrar uma resposta, faz o aluno evoluir como pessoa e futuro profissional”, salienta a supervisora pedagógica. Os professores estão engajados no desenvolvimento das atividades e muitos vêm trabalhando em conjunto. “A troca de ideias e o apoio mútuo é uma coisa boa. Estimula o professor e quem ganha é o aluno”, diz Ângela. Como as professoras do 5º ano, Lisiana e Morgânia, do Centro Municipal de Educação Dr. Décio Gomes Pereira, que juntas desenvolveram uma gincana, com atividades semanais.
“A gincana, além do espírito de equipe, em que um puxa o outro para realizar as atividades com atenção, envolve interpretação de problemas no geral, tanto de texto quanto de matemática. É uma competitividade saudável com questões que vão utilizar para a vida. Por exemplo, o tempo de duração de um evento, o troco no mercado, uma receita culinária. Não é só decorar para fazer uma prova. Eles aprendem a pensar e a pensar fora da caixinha”, salienta a professora Lisiana.
Já a professora Monia, também do 5º ano, da Escola Municipal de Ensino Fundamental La Salle, também desenvolveu um jogo no estilo de gincana, dividindo a turma em duas equipes, envolvendo escolha de envelopes para descobrir a questão e, ao acertar, o aluno opta por um balão para verificar quantos pontos soma para a equipe. “Essa forma de aprendizagem é muito mais significativa. Eles aprendem brincando. Escutar a palavra prova ainda causa uma certa tensão, então estamos fazendo de uma maneira mais leve, com eles construindo o conhecimento de uma forma tranquila e já percebemos a diferença neles. Eles sabem que têm uma meta de nota, mas não estão mais preocupados, estão evoluindo. Percebo uma mudança neles, estão enxergando os conteúdos de uma maneira mais clara”, comemora a professora.
No 9º ano, o professor Luís Loro, de língua portuguesa da Escola Anita, foca no desenvolvimento de habilidades ao realizar a correção de três questões das últimas edições da Prova Brasil. Ele também realizará um simulado com correção coletiva no dia 8 de novembro. A professora Raquel Flach, também de língua portuguesa, da Escola Pastor Rodolfo Saenger, vem trabalhando ao longo do ano diversificando os assuntos, conforme os textos trabalhados. “Farei um simulado para que os alunos se familiarizem com esse tipo de avaliação e preenchimento de grade. A partir do simulado terei um diagnóstico mais preciso do que ainda preciso reforçar”, explica Raquel, que também fará a correção coletiva do simulado, analisando as possibilidades e reforçando questões.
Preparação para a prova
Conforme explica Ângela, as dicas para preparar o aluno para as provas envolvem decisões e iniciativas de longo prazo. “Como essas avaliações são baseadas no desenvolvimento de habilidades e raciocínios específicos, não há como melhorar o resultado dos testes apenas com ações pontuais. Na prática, as questões exigidas na prova dizem respeito ao domínio de diferentes capacidades de interpretação, análise e comparação de fatos”, esclarece. Assim, é fundamental que professores, direção e coordenação trabalhem juntos, dando suporte aos alunos e os auxiliando no desenvolvimento das habilidades.
