No dia 13 de março de 2017, através do protocolo 4708/2017 protocolamos um pedido de informações, baseado em diversas denúncias e dúvidas que surgiram como: pagamento por obras supostamente não concluídas; compra de outros produtos nos postos de combustíveis, cujo valor era transformado em litros de combustível; obras inconclusas; suspeita de funcionário fantasma; suspeita da aplicação de valores de verbas federais em obras que atenderam mais a interesses pessoais em detrimento do interesse coletivo; devolução de verbas federais por aplicação diversa do previsto no projeto original (Pista de Bicicross); denúncias ambientais gravíssimas, enfim 16 perguntas para esclarecer aos nossos leitores referente à aplicação dos impostos que os munícipes pagam. Estamos em setembro de 2020 e buscamos a resposta do pedido de informações nº 4708/2017 abaixo, tudo conforme previsto na Lei 12.527 (Lei de Acesso a Informações Públicas). Lamentavelmente a maioria dos vereadores reeleitos aprovaram, muitas vezes sem nenhum questionamento, obras ou aplicação de recursos, sem realizar uma análise mais criteriosa, tudo para “não ficar mal na foto” e, o resultado está aí: Denúncias gravíssimas que fizemos, por exemplo, do “funcionário invisível” Francisco Xavier Alles, simplesmente não foram sequer investigadas, nem respondidas. Fica uma pergunta: O Protocolo 4708/2017 está todo este tempo com o jurídico e porque ainda não foi respondido? As respostas comprometem a administração? Ou será que existe “terra de baixo dos tapetes”? Com a palavra a prefeita Corinha…
E as investigações?
Ante a inoperância dos órgãos de investigação local que tem por obrigação legal investigar de ofício ou mediante denúncia os fatos gravíssimos apresentados e nada fizeram, apenas arquivamentos e engavetamentos seletivos não restando aos denunciantes outra alternativa que não subir para o andar de cima, ou seja, encaminhar as denúncias ao Ministério Público Federal (MPF). Por conta disso até o “telefone misterioso” já subiu. De agora em diante as dúvidas de ontem podem virar certezas e as certezas dúvidas. Segundo os denunciantes o trabalho foi penoso devido ao alto grau de profissionalismo dos corruptos que montaram uma bem arquitetada rede para comprar a conivência e o silêncio de alguns “a peso de ouro”, além de um sofisticado esquema de desvios de recursos com a participação de “pretensos empresários locais” e pessoas físicas que já estão na mira do MPF. Segundo o ex-vereador Astor Jaime Klein que teve mandato de 1983 a 1988 e presidiu o Legislativo sapiranguense nos anos de 1983 e 1984, naquela época tinha 11 vereadores e quando alguém da situação ou da oposição tinha alguma demanda falavam diretamente com o prefeito em seu gabinete. “Nós tínhamos somente um secretário para atender a todos os vereadores e a coisa funcionava e hoje cada um com dois assessores e uns com um monte de Cc´s e ninguém fiscaliza”, disse Astor.
Diante de tudo isso o que nos resta é acreditar no improvável.