Satisfeitas todas as exigências previstas em lei, Sapiranga estava habilitada a ser emancipada. O processo encaminhado aos órgãos competentes teve seu trâmite normal sem maiores dificuldades. A Assembleia Legislativa do Estado decretou e o governador do Estado, Ernesto Dornelles, sancionou a 15 de dezembro de 1954 a Lei nº 2529 que criou o município de Sapiranga.
“A luta foi titânica. Os poderes municipais tudo fizeram para evitar a emancipação, alegando que Sapiranga não poderia substituir por si só, mas doutro lado, alegavam que a retirada de Sapiranga, do rol dos contribuintes de São Leopoldo, desequilibraria suas finanças.” – de o Leão do Ferrabraz, escrito por Leopoldo Sefrin em 1965.
A eleição para prefeito, vice-prefeito e vereadores da nova comuna realizou-se a 20 de fevereiro de 1955, apresentando o seguinte resultado:
– Prefeito: Edwin Kuwer
– Vice-prefeito: Waldemar Carlos Jaeger
Eles foram escolhidos com um total de 1.186 votos contra 1.030 votos da oposição, sendo eles Helmuth Graebin e Emílio Zwetsch. Kuwer governou o município durante quatro anos e dez meses, de 28 de fevereiro de 1955 a 31 de dezembro de 1959.
Os vereadores eleitos para a primeira Câmara Municipal eram os seguintes: Dr. Manuel Bailet Candemil, Anita Lydia Wingert, Adolfo Evaldo Lindenmeyer, Arthur Ernesto Petry, Berholdo Hauser, Armindo Otto Schwarz e Leopoldo Luiz Sefrin. A diplomação e posse da Câmara de Vereadores ocorreu a 26 de fevereiro de 1955 e a posse do prefeito e vice-prefeito a 28 de fevereiro de 1955.
A prefeitura foi instalada com a colaboração de toda a comunidade através de empréstimos de materiais de construção e de móveis para que pudessem começar a trabalhar.
Não havia dinheiro para obras e o objetivo principal do governo era economizar para investir em benefícios para o povo. Naquela época, o prefeito conseguiu durante um ano o empréstimo de máquinas do governo estadual para o governo municipal.
