Chuvas beneficiam lavouras de soja que persistem com expectativa de diminuição da projeção inicial de produção

Jornal Opinião

A cultura da soja apresenta 42% da área cultivada em floração e 35% em enchimento de grãos. E na maior parte do Estado, as chuvas do último final de semana (04 a 06/02) ocorreram entre as fases de maior importância para definição da produtividade. No entanto, ainda persiste a expectativa de diminuição de 45% na projeção inicial. As lavouras em maturação totalizam 3% enquanto 20% ainda está em fase de germinação e desenvolvimento vegetativo. E uma pequena parcela, ainda sem expressão estatística, foi colhida. 

De acordo com o Informativo Conjuntural, produzido e divulgado nesta quinta-feira (10/02) pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seadpr), o porte predominante das lavouras varia de baixo a médio, com fechamento apenas parcial das entrelinhas. Nas cultivares com hábito de crescimento indeterminado percebeu-se aumento no porte, mesmo após o início do período de floração. Após as precipitações, em lavouras de melhor potencial foram realizadas adubações foliares com cálcio, boro e substâncias orgânicas, visando minimizar os efeitos da falta de umidade e temperaturas elevadas e estimular o crescimento e maior fixação de flores.

As lavouras situadas em áreas de solos arenosos, profundidade reduzida ou com topografia mais acidentada, sofreram maior estresse, e apresentam amarelamento e queda de folhas, denotando prejuízos mais expressivos, sobretudo nas cultivares de ciclo precoce que estão em plena fase de enchimento dos grãos e maturação.

MILHO

 A repetição de chuvas em duas semanas subsequentes, em grande parte do Estado, manteve o teor de umidade nos solos e permitiu a intensificação da semeadura de milho em sucessão às lavouras de fumo ou em safrinha. A colheita avançou para 48% da área cultivada e a expectativa de redução de produtividade é de 53%, em relação a inicialmente estimada. Outros 21% da área estão em fase de maturação, 15% em enchimento de grãos, 9% em floração e 7% ainda em enchimento de grãos e desenvolvimento vegetativo.

MILHO SILAGEM 

A área de cultivo do milho silagem no Estado foi 65% colhida e a redução de produtividade é de 56%, em relação a estimativa inicial. Além da redução na quantidade produzida há redução na qualidade do material ensilado, obtido de plantas mais secas, fibrosas e com proporção de grãos abaixo da ideal.

ARROZ

As condições de tempo aceleraram o ciclo da cultura do arroz em comparação com a safra anterior. Durante a semana iniciou a colheita na região mais a Oeste do Estado. O índice colhido aproxima-se de 1% e cerca de 10% dos cultivos estão maduros, 27% em enchimento de grãos, 43% em floração e 19% em germinação e desenvolvimento vegetativo.

FEIJÃO 1ª SAFRA

A colheita do feijão primeira safra alcançou 55% da área cultivada no Estado e 8% está em maturação. As fases da floração e enchimento de grãos somam 13% e as lavouras restantes estão em desenvolvimento vegetativo.

OLERÍCOLAS

Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira com o Uruguai, ventos fortes provocaram problemas no fornecimento de energia elétrica por até três dias em Santana do Livramento, impedindo o acionamento dos sistemas de irrigação dos olericultores. Praticamente toda a produção de folhosas do município foi perdida pela falta de água, que ocorreu justamente em dias com temperaturas muito altas. Apenas produtores com suficiente disponibilidade de recursos hídricos realizaram o replantio, sendo que os demais estão aguardando o retorno de chuvas com maiores volumes para reposição dos níveis dos reservatórios para retomada do cultivo. Em Quaraí, além do maior consumo de água para manutenção do desenvolvimento das folhosas, o calor está favorecendo o surgimento de alguns insetos-praga como tripes na alface.

FRUTÍCOLAS

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, frutíferas perenes como videira e citros apresentam morte de plantas jovens e adultas devido à estiagem. Produtores de citros realizam monitoramento e controle de ácaros e mosca-das-frutas. Continua s queda de frutos em consequência da falta de chuvas. Melão e melancia com diminuição da produção e aumento na incidência de míldio.

PREVISÃO DO TEMPO

Para a próxima semana não há previsão de chuva expressiva para a maior parte do Estado. Na quinta (10) e sexta-feira (11), a presença de ar quente e úmido manterá a elevação das temperaturas, maior variação da nebulosidade e possibilidade de pancadas de chuva, fracas e isoladas, na maioria das regiões. No sábado (12) e domingo (13), o deslocamento de um sistema frontal no oceano provocará chuva em todo Estado, com possibilidade de temporais isolados, principalmente na metade Leste e na zona Sul. Entre a segunda (14) e terça-feira (15), o tempo permanecerá firme, com temperaturas elevadas e valores acima de 36°C em diversas regiões. Na quarta (16), a aproximação de uma área de baixa pressão a partir do Norte da Argentina e do Paraguai vai aumentar a nebulosidade e poderão ocorrer pancadas isoladas de chuva, típicas de verão e várias regiões.

Os volumes esperados deverão ser inferiores a 10 mm na maior parte do estado. Na metade Leste os valores deverão oscilar entre 15 e 35 e poderão alcançar 50 mm em algumas localidades da Zona Sul.

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