Veja o que esperar na rara terceira primavera seguida de La Niña

Jornal Opinião

O colorido das flores e das árvores já domina as cidades. A escuridão cedo no fim da tarde do inverno já passou. Os pássaros cantam dia e noite. Os dias têm sido mais agradáveis. Os sinais da primavera estão por todos os lados a nova estação começa nesta quinta (22) às 22h04 com a influência mais uma vez do fenômeno La Niña que terá reflexos no clima. As estações do ano são fenômenos naturais e ocorrem por causa da inclinação do eixo da Terra em relação ao plano de sua órbita em torno do Sol. O instante exato do início de uma estação do ano é determinado por uma posição específica da Terra em sua órbita, como explica a pesquisadora Josina Nascimento, da Coordenação de Astronomia e Astrofísica do Observatório Nacional.

 
No início da primavera, os dias terão aproximadamente a mesma duração das noites, e no Hemisfério Sul, os dias vão ficando cada vez mais longos e as noites cada vez mais curtas, até o dia com maior presença do Sol no ano, que ocorre no início do verão, que em 2022 será em 21 de dezembro às 18h48 (horário de Brasília).

TERCEIRA PRIMAVERA SEGUIDA DE LA NIÑA

A primavera começa com o Pacífico Equatorial sob condições de La Niña pelo resfriamento das águas e a alteração no regime de vento da região. Em uma situação rara, a primavera de 2022 será a terceira seguida que vai transcorrer com o fenômeno La Niña atuando, uma preocupação a mais para a agricultura do Sul do Brasil.

CHUVA DEFICIENTE AMEAÇA O CAMPO NO SUL

A primavera no Sul do Brasil deverá ter chuva irregular mais uma vez neste ano, assim como ocorreu nos anos de 2020 e 2021 com impacto na cultura de milho e alto risco de quebra de produtividade em muitas áreas. Espera-se uma grande variabilidade das precipitações de região para região na distribuição da chuva com tendência de volumes abaixo a muito abaixo da média histórica durante grande parte da primavera no Sul do Brasil.
Episódios de chuva volumosa e intensa regionalizados são esperados com acumulados de precipitação muito altos em curto período, mesmo com o Pacífico sob La Niña, mas, no geral, a estação deve terminar com precipitação abaixo dos padrões históricos na maior parte do Sul do país.

TEMPORAIS AUMEMTAM NA PRIMAVERA

A MetSul destaca que a primavera é período com maior frequência de tempestades, não raro severas com intensos vendavais e granizo. São comuns sistemas convectivos de mesoescala, grandes aglomerados de nuvens carregadas, que se formam no Nordeste da Argentina e no Paraguai que depois avançam para o Sul do Brasil ou Mato Grosso do Sul. Neste ano, com o Pacífico Leste mais frio do que o normal ou sob La Niña, a MetSul avalia que a frequência de tempestades pode não ser tão alta como se estivéssemos sob El Niño, mas quando os temporais ocorrerem podem ser muito intensos pelo maior contraste térmico entre massas de ar frio e quente. Por isso, episódios de vendavais intensos e destrutivos localizados não necessariamente serão freqüentes, mas quando ocorrerem podem ser severos.

TEMPERATURA NA ESTAÇÃO

Como estação de transição para o verão, na primavera aumenta a frequência de dias de calor e diminui os de frio. O começo da estação ainda tem características mais amenas e até com frio em alguns dias, ao passo que o final já tem padrão típico de verão. Os dias de calor aumentam, especialmente entre novembro e dezembro, quando algumas jornadas são muito quentes com possibilidade de ondas de calor e marcas perto ou acima de 40ºC.

Fonte: METSUL

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