Aula aberta destaca a importância da presença negra na Cidade das Rosas

Jornal Opinião
Historiadora Dóris Magalhães fala sobre nomes e fatos que fazem parte da história de Sapiranga e região
Um espaço onde habitualmente realizam-se exposições teve uma tarde mais descontraída neste final de semana. Uma aula aberta foi a forma que a professora e historiadora Dóris Rejane Fernandes Magalhães encontrou para abordar o tema Negros: A Presença Silenciosa na Cidade das Rosas, no Museu Municipal Adolfo Evaldo Lindenmeyer.
Das 15 horas às 16h30, sapiranguenses e visitantes de outras cidades puderam aprender mais sobre o assunto pouco tratado nas aulas de história, mesmo havendo legislação que preveja a inclusão da história do negro – e também do indígena – na grade curricular.
A doutora em História e professora das Faculdades Integradas de Taquara (Faccat) fez uma reconstituição da presença negra na cidade e na região desde os tempos da escravidão até os dias atuais, sem deixar de abordar também a história dos negros antes de sua forçosa vinda para o Brasil nos navios tumbeiros.
 
INFLUÊNCIA
Dóris mencionou personalidades negras da cidade, que se fizeram célebres ao longo dos anos nas mais diversas áreas, como Ernesto Antônio de Paula, Fridolino e Dona Urbana, e tratou da contribuição dos representantes de diversas tribos vindos da África para a nossa gastronomia, linguagem, dança, música, esporte, ciência, etc.
A aula, promovida pela Prefeitura de Sapiranga, por meio de Departamento de Cultura da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto, integrou a programação da 15.ª Semana Nacional de Museus. Dóris encerrou o encontro convocando os presentes a refletirem no dia a dia sobre os assuntos tratados e a olharem com novos olhos para uma comunidade que contribuiu tanto para o progresso da região, até antes das ondas imigratórias como a alemã e italiana, que sempre são as mais destacadas em debates sobre a história de nossas cidades, que tiveram indígenas e portugueses.
 
MOSTRA
Até dia 30 de maio, o Museu Municipal segue com a exposição Kirchweihfest, que trata sobre as festas de kerb na região, com o resgate de imagens e objetos (como instrumentos musicais das bandinhas)  que marcaram as festas tradicionais e paroquiais germânicas que reuniam a comunidade no século passado.
O museu funciona de segunda à sexta-feira, das 8 horas às 11h30 e das 13 horas às 17h30, e aos domingos das 13h30 às 17h30. Localizado na Avenida 20 de Setembro, 3675, Centro de Sapiranga (telefone 3959-1020), o museu fica no prédio da antiga estação férrea da cidade e está aberto ao público com entrada gratuita.

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