Lançamento do Proami marca nova fase na educação inclusiva em Sapiranga

Jornal Opinião

Na noite da última terça-feira, 19, um evento no Centro Municipal de Cultura Lucio Fleck marcou o lançamento oficial do Programa de Aprimoramento e Monitoramento da Inclusão (Proami). Esse trabalho viabiliza recursos de apoio qualificado e regular para as demandas no atendimento dos estudantes com deficiência nas escolas municipais e é inédito na região. Uma das novidades é a participação de equipes da Secretaria de Saúde nas qualificações, o que fortalece a rede de atendimento que já conta com os profissionais da Secretaria de Educação.

O 1º Proami conta com a assessoria do neurocientista prof. Dr. Guilherme Nogueira, pesquisador e consultor na área de Neurociência do Comportamento e da Aprendizagem. Nogueira participou do evento de lançamento. “O município de Sapiranga está de parabéns por essa iniciativa, o trabalho de qualificação de toda uma rede é importante para a inclusão escolar o que vai refletir no futuro. A partir do acesso a um aprendizado adequado, essas crianças que hoje precisam da atenção especial chegarão à fase adulta com maior qualidade de vida e autonomia”, defende. A cerimônia também teve a apresentação de Eduarda Guerin, jovem de 17 anos que realiza palestras sobre a vivência como autista nível de suporte 2 e conta a sua história de desenvolvimento e constante aprendizado.

A implantação do programa em Sapiranga envolve a formação de uma equipe técnica, que terá profissionais da educação e também de saúde. Essa equipe vai aplicar os protocolos que estão sendo desenvolvidos pelo Centro de Estudos e Aprimoramento do Conhecimento coordenado pelo Dr. Guilherme Nogueira. O ponto chave do Proami serão as avaliações de cada caso utilizando os protocolos específicos. No diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA), por exemplo, algumas vezes é necessário fonoaudiólogo, em outras é preciso psicomotricista, alguns precisam de medicamento, outros não. Os protocolos serão uma ferramenta não só para diagnosticar a dificuldade do aluno, mas também saber como tratá-la. “A criação desses protocolos, que também estarão à disposição da rede de saúde são fundamentais, pois será um passo a mais na qualificação da inclusão na rede regular de ensino. Será uma ferramente essencial para facilitar e nortear o trabalho dos professores, já que vai muito além do diagnóstico ou do laudo. A partir dessas avaliações e de monitoramento constante, embasados em dados científicos, será possível atender aos alunos dentro de suas especificidades, alcançando assim melhores resultados de aprendizagem e desenvolvendo a autonomia, essencial para o convívio em sociedade”, explica a diretora pedagógica da Smed, Ana Andrioli.

Outro aspecto importante do 1º Proami são as palestras e capacitações tanto para os profissionais de educação e saúde, quanto para os pais de alunos. Quanto mais informação for compartilhada, mais qualificado o processo de triagem, encaminhamento e atendimento das pessoas com deficiência, seja no seu tratamento ou nos planos de aprendizagem adaptados nas escolas.

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